Qual a diferença de obsessão e encosto?
O mundo espiritual e o umbral está à nossa volta, portanto, estamos rodeados de espíritos o tempo todo, nunca estamos sozinhos e a movimentação espiritual ao nosso redor é muito intensa e diversificada.
Quando esses espíritos são perturbadores alguns chamam de encostos, outros de obsessores, causando certa confusão. Será que esses termos se referem ao mesmo fenômeno?
Saber a diferença entre obsessor e encosto é essencial para definir como tratar o fenômeno de maneira mais adequada.
Quem são os encostos?
Muitas pessoas não aceitam sua própria morte. Especialmente quando ela é trágica ou muito sofrida, esse espírito pode se recusar a aceitar que morreu, ou pior, não perceber que já não pertence mais à dimensão material. O apego à juventude, à família e aos filhos são os motivos que encaminham esses espíritos a uma cegueira evolutiva, tornando-os prisioneiros do umbral e da matéria. A grosso modo, esses caras são os que “não vão para a luz” quando morrem, recusando qualquer intervenção dos mentores e amigos espirituais.
Seja pela revolta em função da morte ou do transe psicótico que os tornam incapazes de perceberem seu desligamento, eles se sentem vivos e tentam continuar com a vida que tinham antes. Permanecem em suas casas, trabalhos e ficam próximos das pessoas que amavam, sem nem imaginar o mal que estão causando para quem amam. Pode ser um pai, uma mãe, esposa, marido, filho, avô, tio, irmão, amigo. O parentesco não importa, pois, o motor dessa relação doentia é a profundidade dos laços afetivos que foram criados entre o encarnado e o espírito que desencarnou.
Por isso o nome que é dado a esse tipo de espírito é encosto, justamente porque eles “encostam” nas pessoas, ficam muito perto, seja porque amam demais, porque querem proteger, por afinidade energética ou, na maior parte das vezes, porque não sabem ou não aceitam que morreram.
O problema é que o psicossoma do ambiente e da pessoa que está sendo acompanhada sofre um impacto direto. Mesmo com boas intenções ou quando não há intenção, ou seja, estão ali por não enxergarem seu desencarne e procurarem satisfazer vícios terrenos, eles acabam acoplando suas auras e somando suas energias a das pessoas. Mais que isso, acabam sugando as energias de quem está vivo, pois, precisam do ectoplasma para conseguir se manter ali ou ter algum bem-estar. Assim, quando se aproximam de nós, eles sentem conforto enquanto nós sentimos os efeitos nocivos daquela presença.
É o momento em que a pessoa pode assumir algumas características de personalidade deste que já se foi, desenvolver depressão, ter mudanças de humor repentinas, ficar irritado com mais facilidade que o habitual, além da fadiga constante e desânimo que a perda de energia proporcionam.
Essa é a principal diferença entre obsessor e encosto: a intenção do espírito.
Se você desconfia que tem um encosto, mobilizar os mentores e amigos espirituais para uma intervenção é a melhor saída, para que esse espírito seja socorrido e amparado. Buscar práticas espirituais que protejam e elevem a sua vibração também faz parte do processo de cura.
Quem são os obsessores?
Aqui é que mora nosso maior problema. Diferente do encosto que não deseja fazer mal e está ali ou por não aceitar a morte ou pela ligação afetiva, o obsessor age com consciência e é movido pelo ódio que sente por nós. Estão ali essencialmente para nos fazer mal, agredir e nos ver sofrer. São inimigos, rivais de outra vida, para quem certamente causamos mal. Muitas pessoas alvos se recusam a entender que não são santas e que, provavelmente, já mataram em outras vidas. Imagine um homem que viveu na idade média: a chance dele ter sido um guerreiro ou ter precisado defender sua honra e sua vida usando a espada é imensa. E, se assim não fosse, não estaríamos aqui. Quem já evoluiu e transcendeu a matéria, se livrando da Roda de Samsara, já não precisa encarnar e continua a jornada evolutiva em dimensões distantes da nossa.
Assim, essas consciências nos perseguem por muito tempo, às vezes atravessando vidas. Como eles não aceitam ajuda, conseguem escapar por muito tempo da roda das encarnações, ficando “livres” para nos obsediar por encarnações. Faz parte do livre-arbítrio dado a eles. Eles influenciam nossos pensamentos, atormentam nossa mente, sugam nossa energia, podendo até usar de certa tecnologia para nos adoecer, como dispositivos eletrônicos, por exemplo. Muito mais que depressão e mal-estar, eles travam a nossa vida, destroem nossas relações, nos prejudicam verdadeiramente e podem nos levar a desenvolver doenças graves. E se livrar deles é muito mais difícil do que mandar embora um encosto, pois eles sabem que morreram e não estão ali por amor ou afinidade energética. Estão por vingança. O ódio, nesse caso, é a principal diferença entre o obsessor e o encosto. O trabalho que é realizado com o obsessor é mais profundo e exige mais do alvo, que vai precisar buscar proteção mais forte e até mesmo estudar sobre a espiritualidade, para entender como tudo funciona para conseguir se proteger, se curar e fazer com que a vida entre em harmonia novamente.
Importante observar que há níveis de obsessão:
- Obsessores simples: o indivíduo sabe que algo negativo o influencia; há o costume de criar problematizações e empecilhos a todo tipo de causa; pode também identificar a manifestação de ruídos.
- Obsessores fascinados: neste tipo de ataque não há mais o próprio poder de decisão; suas ações são controladas por uma força maior e inexplicável; é característico o isolamento, pois o espírito tentará afastar a pessoa da luz e dos bons amigos, há o abandono de questões da espiritualidade; a arrogância e prepotência passam a ser constantes.
- Obsessores subjugados: a pessoa passa a ser totalmente controlada; há a total ação de acordo com o desejo do espírito; o corpo passa a ser moradia do obsessor o qual sugará toda sua energia; para esse tipo de obsessão somente a ação de uma outra pessoa será capaz de reprimir o espírito invasor.
Buscar ajuda de centros espiritualistas, benzedeiras, pais de santo e terapias alternativas de desobsessão são a melhor chance que temos contra esses espíritos. A desobsessão através do contato com a espiritualidade, é baseada na oração, no amor, na caridade e no respeito. Precisamos lembrar que todo obsessor que se aproximar de nós, seja ele esclarecido, seja ele em processo de esclarecimento, seja ele completamente perdido nas ilusões das dores, ainda merece de nós, amor, carinho e respeito, porque nós não sabemos pelo véu do esquecimento quais foram os agravos que nós podemos ter cometido.
Assim, para se livrar dos espíritos que estão te acompanhando, é preciso compreender a diferença entre o obsessor e o encosto, ou seja, perceber a natureza das intenções e laços que o espírito mantém com você. É preciso também entender que nem todos, dependendo da situação, são capazes de exercer o perdão da forma esperada. Esse acolhimento torna aquela consciência perturbada mais suscetível à ajuda espiritual, para que sua própria dor cesse. Amor, compreensão, amparo, proteção e aceitação podem ser o melhor caminho para lidar com certos obsessores, venha da parte de quem sofre com a perseguição, ou da equipe que está interferindo nessa relação.
Mecanismos dos Ataques Psíquicos - Obsessão e Desobsessão I Live TVO
Para ver em tela cheia, dar play e clicar no quadrado no cantinho direito inferior.
Publicado em 23 de jun de 2021
Como nos livrar dos encostos? – Wagner Borges [Falando de Espiritualidade #23]
Para ver em tela cheia, dar play e clicar no quadrado no cantinho direito inferior.
Publicado em 11 de jun de 2018
Como age a obsessão
Para ver em tela cheia, dar play e clicar no quadrado no cantinho direito inferior.
Publicado em 29 de jan de 2021
Espíritos Sofredores e Encostos
Para ver em tela cheia, dar play e clicar no quadrado no cantinho direito inferior.
Publicado em 4 de dez de 2014
Tema: Obsessão Espiritual - 2ª Parte
Para ver em tela cheia, dar play e clicar no quadrado no cantinho direito inferior.
Publicado em 20 de jan de 2016
O Exorcismo
Para ver em tela cheia, dar play e clicar no quadrado no cantinho direito inferior.
Publicado em 25 de fev de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário